Mimoso do Sul

 

História

O município de Mimoso do Sul surgiu de uma parte territorial da Sesmaria "A Fazenda e Igreja N.S. das Neves da Muribeca", fundada em 1581 pelo Pe. Almada, pertencente aos Jesuítas. Expulsos estes, no ano de 1759, período colonial pombalino, as terras foram arrematadas em hasta pública por Antonio Pereira da Silva Viana, no ano de 1776.

Os povoadores vieram dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, fixando-se na localidade de Limeira, no atual distrito de Dona América, situado à margem esquerda do Rio ltabapoana, quase na confluência do Rio São Pedro. A fertilidade do solo atraia novos desbravamentos na região. Com isso navegabilidade do Rio ltabapoana até o ponto em que as cachoeiras interceptavam a subida dos que, vindos do litoral e se aventuravam por essas terras teve também um forte papel para o desenvolvimento da região. Mas com passar dos anos, a vivência próximas ao Itabapoana teve suas épocas trágicas. Devido aos períodos de cheias que consigo trazia doenças como malária e cólera. Obrigando assim os posseiros daquelas terras a se dirigirem paras as terras mais altas subindo os rios São Pedro e Muqui do Sul. Assim formando as Aldeias de São Pedro d Alcântara do Itabapoana e N.S da Conceição do Muqui.

Os novos poceiros passaram a dedicar a agricultura nessas terras que por sua vez eram muito ricas e férteis para as atividades agrárias. Obrigando-os a abrirem as matas e criando novos vilarejos. Práticas estas que começaram a incomodar os índios que nestas terras habitavam. Gerando até mesmo alguns conflitos. Com os passar dos anos mais e mais poceiros chegavam à região com as notícias a respeito das terras férteis. Com isso Limeira constituiu-se num importante porto fluvial, cujo movimento comercial e de transporte só veio decair com o advento da estrada de ferro, no final do século XIX.

Foto: Distrito de Dona América no seu Auge no início do séc. XX


Em 1852, surgi a Povoação de São Pedro, que veio a ser sede do Município com o nome de São Pedro de Alcântara do ltabapoana, cujo território desmembrado de Cachoeiro de ltapemirim. São Pedro teve sua importância administrativa até 1930.

A sede atual, sua história nasce no dia 11 de outubro de 1852. Quando o Capitão Pedro Ferreira da Silva compra de José Lopes Diniz em Campos —RJ, junto ao tabelião José Francisco Correa, a Fazenda do Vale Mimozo (da Fazenda Palestina até o Porto da Limeira).

O proprietário do Vale, Capitão Pedro, registra a fazenda no Arquivo Público da Província do Espírito Santo em 1865. Em 1896 recebe do Presidente do Espírito Santo Dr. Muniz Freire a Garantia de Posse, já que a sede da Fazenda havia se tornado Distrito de São Pedro do Itabapoana em 1892. Os Decretos estaduais nº 113 de 26 de novembro de 1930, e nº 3.468 de 1933, transferiram a sede municipal para a povoação de Mimoso, elevada à categoria da cidade com a denominação de João Pessoa, pelo Decreto-Lei estadual nº 15.177, de 31 de dezembro de 1943, o Município passou a chamar-se Mimoso do Sul.


Foto: Povoado de São Pedro

A primeira construção de peso da Fazenda Mimozo foi o casarão do Capitão Pedro Ferreira da Silva e de sua esposa D. Joana Felícia Paiva — aproximadamente em 1870.

Em 1892, os proprietários da Fazenda Mimoso receberam os primeiros trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina Railway. A inauguração da estação em estilo Inglês, ocorreu em 1º de julho de 1895, como também as pessoas que aqui se instalaram: sírio-libaneses, espanhóis, portugueses, italianos e brasileiros vindos de Minas Gerais e Rio de Janeiro no processo de "Refluxo das Bandeiras".


Foto: Estação em 1949

A posição geográfica e a substituição da utilização de pequenas embarcações no Porto da Prata, (localizado descendo o rio próximo ao encontro do Córrego da Pratinha com o Muqui do Sul) que levavam a produção da região do baixo Rio Muqui do Sul até o Porto Fluvial de Limeira (antiga aldeia de Camapuana) por ferrovia, sendo assim mais rápido o transporte de produtos como o café, que começou ter destaque na economia, e das mercadorias que chegavam de outras cidades propiciado o comércio local. Atualmente dos dois portos não existem mais, podendo encontrar apenas as ruínas do Porto da Limeira.

Todavia, os grupos aqui instalados, não tinham uma elite intelectual do porte da sede e comarca que era São Pedro do ltabapoana, mas tinham determinação perspectiva e vontade de crescer. O movimento crescente, gradativo favoreceu Mimoso a transferir primeiro todo o processo econômico, onde o capital girava em torno: da Estação Ferroviária, do Comércio, dos proprietários das fazendas vizinhas — segundo a vida política que culminou em novembro de 1930 com a aquisição de condição de Sede Municipal. Em 02 de novembro de 1930, uma caravana constituída por treze caminhões, soldados que traziam consigo um lenço vermelho no pescoço, demonstrando a Era Getulista, políticos e revolucionários chefiada pela autoridade do Sr. Waldemar Garcia de Freitas invadiram a vila de São Pedro.

Os moradores foram pegos de surpresa enquanto rezavam em uma missa que acontecia em memória do dia de finados.    Um grande clima de tensão foi criado, isso mostrara que a Revolução chegara a São Pedro.   Muitos correram para suas casas, outros correram para as matas e para as fazendas vizinhas. Os getulistas invadiram a prefeitura de São Pedro transferindo para Mimozo todos os arquivos das Repartições Públicas. Em 26 de Novembro de 1930 sai a homologação que emancipa politicamente o novo Município de João Pessoa, sendo nomeado o Sr. Pedro José Vieira para interventor. Sendo o mesmo o primeiro prefeito eleito de Mimoso do Sul pelo Partido da Lavoura em 1935. Todavia, o Decreto Estadual nº 15.177 de 31/12/1943 dá como nome definitivo à cidade de MIMOSO DO SUL.


Foto: Vista de Mimoso do Sul em 1949

 

Thiago Costa Santiliano

A vida do Padre Elias Tomasi Podestá

Era filho de João Tommasi ( por certo Giovani Tommasi ), professor e advogado  e da professora  dona  Joana Podestá ( por certo Ivana Podestá ) , nasceu em 17/12/ 1873 em Láconi - Diocese de Oristano - Sardenha - Itália. Em Láconi fez os estudos ginasiais. Cursou depois Filosofia em Oristano ( onde foi aluno do futuro Papa Leão XIII) e Teologia em Cagliari, em cujo Colégio Teológico obteve o título de Doutor. Foi ordenado padre em 19 de setembro de 1896, pelo Arcebispo D. Paulo Maria Serci Serra, de quem era secretário particular, sendo então nomeado Vigário de Pula. Voltou depois para a Diocese de Oristano, onde foi Vigário de Arbus, até 1906.
 
Nesse ano veio para o Brasil em 1906, chegando no Rio de Janeiro,  ( onde aprendeu o português em 4 meses com o Mons. Lopes de Araújo )  e foi quando o Cardeal Arcoverde apresentou-o ao Bispo do Espírito Santo, D. Fernando de Souza Monteiro, que lá estava, que o trouxe para o Espírito Santo, incardinando-se na Diocese capixaba. Iniciou sua atuação no Espírito Santo, atuando como coadjutor da Paróquia de São Pedro de Itabapoana, por 10 meses até 1908, e em seguida passou a ser Vigário em S.José do Calçado e em Guaçuí ( S Miguel do Veado ). Em Calçado construiu a nova matriz, fundou a Escola Paroquial e o Ginásio e dirigiu por vários anos o semanário “Lábaro da Paz”. ( Observação : foi aí que foi envolvido no caso do incêndio de uma Igreja presbiteriana, por católicos que achavam que estavam fazendo um desagravo, que foi caso de polícia e notícia na imprensa ) .

Para Vitória, em 1914, quem o trouxe, foi o Governador do Estado, então chamado de Presidente, o Coronel Marcondes Alves de Souza, para dirigir o Ginásio do Espírito Santense, hoje o Colégio Estadual do Forte de São João, que até então estava sob a administração dos padres da Congregação do Verbo Divino. Nesse Ginásio foi professor entre outros de : Jones dos Santos Neves, Moacir Avidos, Silvio Avidos, Paulo Ataide de Freitas, Jair Ataide de Freitas, Asdrubal Soares, Lourival de Almeida, e muitos outros. Foi colega de trabalho de João Manoel de Carvalho , Jonas Montenegro, Adolfo Fernandes de Oliveira, Luiz Jouffroy e Carlos Mendes. Já no início de 1914 veio a ser o Vigário da Catedral em Vitória. As atividades no magistério já exigiram que em 1915 deixasse de ser o cura da Catedral, passando contudo a ser o Capelão do Colégio do Carmo por 10 anos, e ainda por 4 anos veio a ser Vigário das Paróquias de Cariacica, Vila Velha e Viana. 

Há de se registrar que em anos anteriores no tempo do Bispo Dom Fernando dirigiu o semanário A Cruzada e no tempo do Bispo Dom Benedito, dirigiu o Santuário da Penha em Vila Velha (Convento da Penha então nas mãos da Diocese no intervalo que assim ficou até 1942 quando houve o retorno dos franciscanos). Mais tarde foi o fundador do embrião do que veio a ser as paróquias da Praia do Suá e da Praia do Canto. De Diretor o Pe. Elias, a partir de 1920 ficou lecionando a cadeira de latim até se aposentar em 1935; pois em 1920 por ser aliado da facção política liderada pelos Monteiros, não pode continuar na Direção da referida Instituição de Ensino, num governo de oposição que havia tomado posse : o de Nestor Gomes.  Pe. Elias foi membro do Conselho Diocesano. D. Luiz Scortegagna, Bispo do Espírito Santo, em 1935, designou o Pe. Elias  para Mimoso, onde chega em 11 de fevereiro do mesmo ano e instala a Paróquia de S.José de Mimoso do Sul em 13.7.1935, onde funda o jornal A Voz Mariana. Os políticos locais aguardavam da Igreja Católica a instalação de uma paróquia em Mimoso, pois vinha sendo coberta pela de Muqui (por meio do Padre Sanjurjo) , já que a sede municipal havia sido extraída de São Pedro de Itabapoana em decorrência da revolução de 1930. O fato serviria de unção ao projeto político das lideranças locais, pois para opinião pública desinformada, significava certa aprovação por parte da Igreja Católica, do que fizeram, com a comunidade e “coronéis” de São Pedro de Itabapoana. Em 1946 no transcurso do jubileu sacerdotal, o Pe. Elias foi nomeado em  24-9-46, Monsenhor pelo Papa Pio XII e  Camareiro Secreto do Papa, e quando recebeu esse título eclesiástico de Monsenhor, o Bispo do Espírito Santo, D. Luiz Scortegagna nomeou a seguinte comissão de festejos a ocorrer em Mimoso, integrada pelos senhores : Cristalino Abreu, Jasson Martins de Araújo, José Martins da Cunha, Lauro Lemos, Luiz Nogueira e Olympio José de Abreu. Foi nessa ocasião que alguém de Mimoso confundiu Bolsa de Estudos com Bolsa de Couro ... 

Em Mimoso o Pe. Elias remodelou a Matriz em 1939 e em 1950 nela inaugurou possante serviço de alto-falantes, então em voga na época, com a ajuda do versátil José da Cunha Brochado. Pe. Elias foi em 1952 nomeado pelo Bispo do Espírito Santo, D. José Joaquim Gonçalves, Cônego Honorário do Cabido da Catedral de Vitória. Pe. Elias em Mimoso fundou o Ginásio Mimosense, da Sociedade Educadora Mimoso do Sul, que teve um de seus esteios o professor Clóvis Abreu. Essa obra veio a ser encampada pelo Governo do Estado do Espírito Santo, e depois do falecimento do Pe. Elias, em sua homenagem por Lei Estadual, chamou-se Colégio Estadual e Escola Normal Monsenhor Elias Tomasi. Faleceu em 4 de março de 1955 no Rio de Janeiro na Clínica São Vicente, aos 81 anos de idade, tendo exercido o sacerdócio por 58 anos, dos quais 48 no Estado do Espírito Santo. Monsenhor Elias tem seu túmulo no Cemitério de Mimoso do Sul, e com a cabeça voltada para a Matriz enquanto seus paroquianos estão voltados com seus pés para o referido templo, como se fosse um pastor guiando seu rebanho numa caminhada para a Igreja.

No período que a Diocese do Espírito Santo controlava a Paróquia de Mimoso do Sul, alem do Padre Elias, atuaram como seus Coadjutores os seculares, Padres :  Franz Victor Rudio,  José Antônio Gonçalves, Murilo Marques Soares, Djalma Moreira, Guilherme Bezerra de Menezes, Francisco Ruhur, José Lopes Coelho, Arnaldo Avanza. Já nos preparativos para a organização da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim à qual passou a pertencer a Paróquia de São José de Mimoso do Sul, a provincia holandesa dos Missionários do Coração de Jesus, a assumiram e lá atuaram os padres: Leonardo Pluymarkers, Edward Alexander Van De Valle , Henrique Revers, Teodoro Mulder, e Antonio Revers. A seguir vieram os padres seculares da Diocese da Cachoeiro do Itapemirim que foram até 1985 : Antonio Romulo Zagotto, Eduardo Lima, Job Nelson Peixoto, José Hilário Carniele, Ériton Luiz Cortat Nery.

 

Fontes de informações :
-Elogio de consócio falecido em 1955, de autoria de Nelson Abel de Almeida, sob o título  Eles eram assim... - revista n. 19 do ano de 1958 do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo
-Aviso n. 2/55 - comunicando o falecimento do rev. Mons. Elias Tommasi, de autoria do então pe. Romulo Neves Balestrero, Secretário do Bispado do Espírito Santo
- Nomeação datada de 20/8/46 de D. Luís Scortegagna - Bispo do Esp. Santo
- Roberto Brochado Abreu, engenheiro civil, nascido em Mimoso do Sul em 1953, filho de Professor Clóvis Abreu e de dona Margarida Brochado Abreu.
- Depoimentos do Professor Clóvis Abreu, quando em vida.

 

Texto: Roberto Brochado Abreu

Resumo da História da Escola de Primeiro e Segundo Grau Monsenhor Elias Tomasi de Mimoso do Sul - ES

Fase como Instituição de Ensino Particular
 
. Fundada em 15 de março de 1936 como Instituto Mimosense, e funcionou como externato misto, onde é hoje o Municipal Lítero Clube de Mimoso do Sul, tendo à frente os senhores Arnolfo Fernando e Olímpio de Abreu
 
. O referido Instituto foi incorporado em 1944 à Sociedade Anônima Educadora de Mimoso do Sul, que adquiriu um terreno na Vila da Penha, do português Antônio da Cunha Brochado, onde a sociedade construiu prédio para funcionamento do ginásio, que iniciou em 1946 ali suas atividades. O curso do então Ginásio Mimosense equipara-se ao que é hoje o ensino de Primeiro Grau da quinta série até a oitava série. Na época durava quatro anos, indo do então primeiro ginasial até o quarto ano ginasial.
 
. Em 1947 por Portaria houve autorização para ali funcionar o Curso de Formação de Professores da Escola Normal anexa.
 
. Em 1948 por Portaria houve autorização para ali funcionar a Escola Técnica de Contabilidade de Mimoso do Sul.
 
. Era Presidente da Sociedade Educadora de Mimoso do Sul, o Monsenhor Elias Tomasi, e Diretor Técnico entre 1947 até 1954 o Prof. Clóvis Abreu.
 
. Em 1950, 80% das ações da Sociedade Anônima Educadora de Mimoso do Sul, passaram a ser propriedade da Paróquia de São José, doadas pelos acionistas Lauro Lemos, Nelson Mota, José Monteiro da Silva  ( o Zeca Monteiro )  esse representado por seu procurador Ascânio Fernando, Antônio da Cunha Brochado e outros.
 
. Atuaram como Inspetores : Dr. Carlos de Figueiredo Cortes ( médico ) e Moacir Teixeira Garcia
 
. Em 1951 teve início a construção da piscina que só veio a ser de fato construída a partir de 1958 e  inaugurada em 1959.
. Em 1953 por Portaria, houve autorização para funcionar como Colégio Mimosense, portanto poderia ter curso científico ou clássico. Optou-se pela organização do curso científico, o que seria hoje o de segundo grau, que voltou inclusive a chamar-se científico no final do século XX.
 
. Nessa época o Deputado Luís de Freitas, articulou na Assembléia Legislativa, Lei Estadual que autorizava ao Governo do Estado a adquirir o Ginásio e seus pertences, da Sociedade Anônima Educadora de Mimoso do Sul, para funcionar o Colégio Estadual e Escola Normal de Mimoso do Sul, sendo que foi vetado a aquisição do Curso Técnico de Comércio, que era outra instituição particular, denominada Escola Técnica de Comércio de Mimoso do Sul, que continuou a funcionar no mesmo imóvel ( agora propriedade pública ) por autorização, que assim passou a coexistir com a instituição pública de ensino.
 
FASE COMO INSTITUIÇÃO DE ENSINO PÚBLICO ESTADUAL
 
. Surge então o Colégio Estadual e Escola Normal de Mimoso do Sul, que teve como seu primeiro Diretor em 6.6.1954 o Dr. José Arrabal Fernandes ( médico ) e a seguir por curto período o Professor Nilton Brandão.
. na transição ( 1954) quando do funcionamento do Ginásio Mimosense, ali funcionava o curso ginasial , a Escola Normal , e a Escola Técnica de Contabilidade, com o total de 285 alunos, distribuídos nesse cursos, que proporcionava à instituição a renda anual de Cr $ 487.000,00 ( quatrocentos e oitenta e sete mil cruzeiros - moeda da época ). Ali funcionava também o curso Primário.
. Como relator atuou o Sr. Professor José Monteiro Peixoto.
. em 1956 o Deputado Estadual Ely Junqueira, encaminhou projeto de Lei, em que a instituição passou com a aprovação da mesma, a denominar-se Colégio Estadual e Escola Normal Monsenhor Elias Tomasi
 
. entre 1955 a 1960 foi diretor o professor Clóvis Abreu
 
. em 1959 foi inaugurada a piscina que constou com a colaboração do engenheiro Mário Petrochi, dotada de filtro de areia
. em 1960 passou a diretor o Dr. Mandale Minassa  ( advogado ) e a seguir o Professor Agostinho Paraguassú, que colocou tratamento de  água clorada na piscina e fez outros melhoramentos.
 
. nos últimos decenios do Século XX, a instituição passou a chamar-se Escola e Primeiro e Segundo Grau Monsenhor Elias Tommasi.

 

Texto: Roberto Brochado Abreu

Alunos de 1954 primeiro semestre do Ginásio Mimosense

1º ano A
 

Adhayr Raymundo de Oliveira
Amaro Luiz P.Filho
Antonio Carlos Guarçoni
Antoio José  Lopes Velozo
Carlos Alberto Fontanella
Carlos Côrtes da Cunha
Carlos Lopes Feres
Carlos Roberto Dutra
Célio Faria
Coriolano Falcão
David Lopes Padilha
Elcio Ribeiro Rodrigues
Emilson da Silva Ribeiro
Ercilio Gomes Borges
Fabiano de C. Depes Tallon
Gerson Feres Lopes
Joacyr Ribeiro Rocha
João Figueira da Silva
Joaquim Braga Filho
Jomar Lopes da Silva
Jonas Moreira Rodrigues
José Antonio Alves Barreto
José Carlos Bastos Nogueira
José Carlos Sinval Festa
José Carlos Tavares
José Lopes Pereira
José Maria de Oliveira
José Paiva
José Roberto Lovatti
Licínio de Jesús Ferrari
Paulo José Brochado Abreu
Pedro Áureo Caetano
Roberto Alcântara
Roberto Sergio R. Massini
Rogério Bastos Nogueira
Rosildo Raposo de Castro
Sebastião Figueiredo Santos
Sergio Abreu Oliveira
Sergio Gama Mileipe

 

Comentário – nessa turma tem meu irmão o Paulo José já falecido, e até seu amigo também finado o Zé Paiva.
Outros sobrenomes pelo menos são conhecidíssimos meu, como Guarçoni,Fontanella, Depes Tallon, Barreto, Nogueira, Lopes, Lovatti, e Mileipe.
A maioria tinha onze anos de idade nessa época, e dificilmente passavam para o segundo ano. Na escola secundária brasileira, de então, havia um massacre, e o gargalo afinava justamente do primeiro para o segundo ginasial.
Infelizmente o Governo impunha um currículo único para todo o país, e incluía em geral já no primeiro ginasial, o aprendizado de um idioma estrangeiro, que para começar era o francês, que apesar de ser latino, dava dor de cabeça nos alunos, e reprovações.i
Fazia-se provas parciais ou semestrais, e ainda a final em dezembro. Quem não passasse podia ficar de segunda época no máximo em três matérias. Essas provas eram em fevereiro. E se não passasse em alguma ficava reprovado.
 
Nessa época procuravam separar os rapazes das moças, e então vamos ver quem estava no primeiro ano B :

 

Adilsa Sinval Festa
Adinete dos Santos
Amabilia Rosa Guarçoni
Amelia Gibraia Bullos
Angela Maria de Oliveira
Angelina Perciano Costa
Aurea Maria dos Santos
Celina Gava
Celite Thompson
Celelma Rangel Barbosa
Dilma Eliza Fernandes
Edelyr Menegussi
Edy Meira Motta
Estela Guedes Pinto
Estelina Guedes Pinto
Ezalmir Maria de Souza
Helem da Paula
Izabel Baptista de Souza
Izany Baptista de Souza
Izis Santos Balzana
Joacy Moreira Mendes
Liege de Paiva Gama
Maria Aparecida Guedes
Maria Célia Alves
Maria da Penha de Almeida
Maria da Penha Lima
Maria da Penha Pereira
Maria da Penha Pessanha
Maria Eunice Cysne
Maria Helena L.Guimarães
Maria José de Oliveira
Maria José R.de Souza
Maria Lúcia Reis
Maria Luiza B.da Silva
Maria Luiza Scheidegger
Maria Luzia da Silva
Maria Moreira Valadares
Maria Porcina B. de Souza
Maria Silveira
Mariana Ribeiro dos Santos
Marlene Pessanha
Mayrce G. de Castro
Namir Ynácio da Silva
Regina Celia M.Carvalho
Regina da Penha Santos
Vera Maria Gomes Leite
Vera Maria Monteiro Barros
Yara Bourguignon Almeida
Zilma Salvador Guedes

 

Comentário : nota-se maior incidência de nomes próprios exóticos já nessa época,muito mais que os nomes dos rapazes, a despeito das muitas Marias.
De minha parte sobrenomes conhecidos :  Sival Festa, Guarçoni, Perciano, Thompson, Menegussi, Motta, Guedes, Pessanha, Cysne, Scheidegger,Castro, Leite, e Monteiro

 

Texto: Roberto Brochado Abreu

Datas Históricas

 


Igreja Matriz de São José

               Em março de 1923, era inaugurada na estação de Mimoso. Com atos de altruísmo e religiosidade a Exma. Sra D Josefina de Resende Silva, doou o terreno necessário, também forneceu todo o material de pedras e tijolos; Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva, que deu o sino; Joaquim Gomes de Paiva deu as imagens e formou altares; César Ribeiro de Paiva Gonçalves sempre nas Incumbências que lhes confiadas.


Inauguração do Grupo Escolar em Mimoso do Sul

                Em 21 de abril de 1928, com festejos comemorativos foi instalada as Escola Reunidas em Mimoso.


Linha Telegráfica em Mimoso

                Em 11 de julho de 1929, inaugurou-se na estação de Mimoso, uma Estação Telegráfica.

Estação de Mimoso do Sul

                Ficou instalada na fazenda Mimoso, de propriedade dos irmãos Cel. Gervásio Ribeiro Monteiro da Silva e Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva em 1º de Julho de 1895. o prédio atual foi inaugurado no ano de 1896. Compreendida um prolongamento do trecho Estrada de Ferro Santo Eduardo a Cachoeiro de Itapemirim.


Hospital Apóstolo Pedro

                Situado a Rua Ceciliano de Mello Portinho, s/nº e teve sua inauguração em 15 de dezembro de 1945.

Sport Club Ypiramga

                Esta localizado na Rua Presidente Vagas e foi inaugurado em 1929.

Independente Atlético Clube

                Localizado na Rua Maria Josefina de Resende e inaugurado e 1936.

Capela de São José

                Em 1º de agosto de 1899 foi inaugurado e provisionada pelo bispado junto ao cemitério. De seus principais beneméritos o Sr. Cap. Pedro Ferreira da Silva, que doou o terreno e ofereceu as imagens, tendo como colaborador os Srs. Cap. Gervásio Ribeiro Monteiro da Silva, Dr. José Ribeiro Monteiro da Silva e suas Exmas. Esposas que se tornaram zeladoras da capela. A referida capela por volta dos anos 60 foi usada para aulas de admissões pela professora D. Odília.

Instalação D’água em Mimoso do Sul

                A população do prospero distrito de Mimoso, está desde alguns dias sendo servida por excelente água potável, de cujo liquido precioso tanto se ressentia a localidade. É sem duvida bem significativo o melhoramento que marca desde 1º de fevereiro de 1926, a gestão laboriosa dos nossos legisladores municipais, dignos, à cuja frente se colocou o Sr. Vereador Joaquim de Paiva Gonçalves.

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mimoso do Sul

                Foi fundado em 16 de junho de 1967 e esta localizado na Rua Dep. Evaldo Ribeiro de Castro, 05

                Sindicato Rural de Mimoso do Sul

                Foi fundado em 24 de maio de 1951 na Rua José Massaroni, 88


Cartório do Registro Civil

• Foi instalado no Distrito sede em 25 de maio de 1893 Foi instalado no Distrito de Conceição do Muqui em 01 de fevereiro de 1890.

• Foi instalado no Distrito de Dona América em 03 de junho de 1929.

• Foi instalado no Distrito de Ponte de Itabapoana em 02 de agosto de 1891

• Foi instalado no Distrito de Santo Antonio do Muqui m 15 de julho de 1930

• Foi instalado no Distrito no Distrito de São José das Torres em 19 de novembro de 1904

• Foi instalado no Distrito de São Pedro do Itabapoana em 30 de janeiro de 1889

• Foi instalado em 04 de janeiro de 1889 o Cartório do 1º Oficio

• Foi instalado em 30 de janeiro de 1889 o Cartório do 2º Oficio

• Foi instalado em 30 de janeiro de 1889 o Cartório do Contador Partidor e Distribuidor

• Foi instalado em 30 de janeiro de 1889 o Cartório do Crime


Árvore da Praça Cel. Paiva Gonçalves (em frente ao Correio)

                Segundo depoimentos de pessoas antigas do município a arvore foi plantada no governo municipal de Pedro José Vieira no ano de 1937.

Escola de 1º e 2º Graus Monsenhor Elias Tomasi

                Fundada em 15 de novembro de 1936, na cidade de João Pessoa, hoje, Mimoso do Sul. No ano de 1945 foi criado a Escola Normal de Mimoso do Sul, que adaptou à legislação federal em1947, sendo encapada pelo Instituto Mimosense (Escola particular). Em 1954 tornou-se uma escola Estadual. A partir dessa data sofreu modificações no nome: Colégio Estadual de Mimoso do Sul, Colégio Estadual e Escola Normal de Mimoso do Sul, Colégio Estadual e Escola Normal Monsenhor Elias Tomasi e atualmente Escola de 1º e 2º Graus “Monsenhor Elias Tomasi”

Thiago Costa Santiliano

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