Hidrografia

Para se conhecer a hidrografia de uma região é preciso saber o ciclo da água que provem da atmosfera ou subsolo. Quando ocorre as chuvas, a água pode evaporar, escorre ou infiltrar-se no solo. Na evaporação ela a atmosfera na forma de vapor. A água que se infiltra no solo e a que escorre, dirigem-se para as depressões ou a parte mais baixa de um terreno, formando os rios, lagos e mares. A densidade de rios se relaciona com o clima da região. Os rios perenes são os que nunca secam e possuem um bom volume de água nos leitos. Os rios temporários são aqueles que secam no período em que não chove, principalmente em áreas de clima árido ou semi-árido. Quando um rio é perene e atravessa uma região desértica, como o rio Nilo, isto quer dizer que a nascente dele é em uma região chuvosa. A variação da quantidade da água no leito do rio recebe o nome de regime. Regime pluvial é quando as cheias dependem da água da chuva; regime níval quando depende do derretimento da neve; se as cheias dependem das geleiras é glacial. Quando o rio deságua no oceano por várias saídas, diz que a foz do rio é em delta; a foz do rio é em estuário, quando o rio deságua no oceano por uma única saída.

Bacias hidrográficas brasileiras

O Brasil tem uma extensa rede hidrográfica. Apesar de o transporte hidroviário ser pouco utilizado, as bacias hidrográficas brasileiras oferecem boas possibilidades de navegação. Os rios brasileiros são de regime pluvial, com exceção de Amazonas. Há rios temporários apenas no sertão nordestino. Predominam rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico.

As principais bacias hidrográficas são:

Bacia do rio Amazonas

É a maior bacia hidrográfica do planeta, ocupando cerca de 46% do território brasileiro. Seu rio principal nasce no Peru, com o nome de Marañon, e passa a ser chamado de Solimões na fronteira brasileira até o encontro com o rio Negro. A partir daí, recebe o nome de Amazonas. É o rio mais extenso (7100 km). O regime do principal rio é níval e pluvial. A bacia possui um grande número de rios caudalosos, bons de navegação em grandes trechos, por serem rio de planície.

Bacia do Tocantins

Ocupa aproximadamente 9,5% do território nacional. Seus principais rios é o Tocantins e o Araguaia. Por ter longos trechos navegáveis, essa bacia é útil para escoar boa parte da produção de grãos. No rio Tocantins está instalada a usina hidrelétrica de Tucuruí, a segunda maior do país.

Bacia Platina

Ocupa cerca de 16,6% do território do país. Seus rios principais são, Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o rio da Prata, em território argentino. Esta bacia é composta pela bacia do rio Paraná e bacia do rio Uruguai. A bacia do rio Paraná é bem utilizada para obter energia elétrica, irrigação e navegação.

Bacia do rio São Francisco

Ocupa uma área de aproximadamente 7,5% do território nacional. O rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, e atravessa o sertão semi-árido mineiro e baiano, de grande importância para a população ribeirinha, irrigação e criação de gado. Também é aproveitado para obter energia elétrica. Os rios são perenes e temporários.

Bacia Secundária

São as bacias: Atlântico Norte-Nordeste, Atlântico Leste e Atlântico Sudeste. Essas bacias não tem ligação entre si. Foram agrupadas por causa da localização delas no litoral.

FONTE: Arlindo Matos de Araújo Júnior / Thiago Costa Santiliano