Ponte do Itabapoana

O distrito mimosense de Ponte do Itabapoana localiza-se ao extremo sul do município às margens do Rio ltabapoana com seus 92,4 km² de área territorial. A sede do distrito é uma vila a 88 metros acima do nível mar com 407.214 m² de área urbana, com boas edificações que demonstram "o auge de um passado histórico”.  Em 1º de agosto de 1896 - Decreto nº 64 - foi elevado à categoria de município, uma vez que tinha renda, população e estrutura suficientes para se desmembrar de São Pedro do ltabapoana.

Um dos fatores que favoreceu o desenvolvimento da região foi a inauguração da Estação de ltabapoana em 1º de fevereiro de 1894, quando chegou a locomotiva da Companhia Estrada de Ferro Leopoldina Raílway, com a denominação de Ramal de Santo Eduardo a Cachoeiro de ltapemirim. Em 1º de agosto de 1899 foi erigida e provisionada a Capela São Sebastião na sede municipal.

Em 1929, o município de Ponte do ltabapoana é suprimido, devido a crises econômicas e evasão de muitos fazendeiros para o estado vizinho do Rio de Janeiro, voltando com a mesma denominação à condição de distrito do então município de São Pedro do Itabapoana. Até a década de 1950, Ponte do Itabapoana ainda mantinha intensas atividades culturais como cinema, clubes e teatro, vindo diversas Cias. de Campos e da Capital - Rio de Janeiro.

                Após este período muitas famílias começaram a deixar o distrito em busca de uma situação financeira melhor e uma boa qualidade de vida no estado do Rio de Janeiro e até mesmo no distrito de Mimozo onde vinha apresentando um forte crescimento econômico. Um dos motivos da evasão fora também as fortes enchentes que anualmente atingiam a vila, causando muitas perdas materiais das famílias que ali viviam. Contudo, muitas fazendeiros permaneceram com propriedades no distrito, mas com residência fixa em Santa Maria de Campos e outros municípios do Rio de Janeiro, fazendo com que toda a renda produzida em solos Itabapoanenses fossem transferidas e investidas em terras Fluminense. Como diz alguns populares da época: Aqui só tinha riqueza, mas quando os barões foram em bora levaram todo o dinheiro com eles. Agora não sobrou mais nada. (Relato de um morador de Ponte do Itabapoana)

Atualmente, verifica-se novas perspectivas na região, pois os Itabapoanenses estão lutando para resgatar suas perdas. Auxiliando nessa luta há a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Carlos Mattos cujo Magistério desempenha papel participativo nesse sentido. Muitos moradores tira suas rendas através do comércio, pois a sede distrital é cortada pela ES-297, principal rodovia que liga a BR-101 a região turística do Caparaó e a cidades importantes do Rio de Janeiro e Minas Gerais como Itaperuna-RJ e Muriaé-MG. Ainda são preservados no distrito casarios da época e Estação de Ponte do Itabapoana, símbolos de um passado histórico de muitas prosperidades.

O distrito é dividido em cinco comunidades rurais Cascata, Sossego, Ponte do Itabapoana, Santa Paz e União. Sua sede distrital fica a 48 km da sede Municipal de Mimoso do Sul com uma população estimada de 1.523 hab. Sendo cortado pelas ES-297 e ES-177 e pela ferrovia FCA. Seu território é banhado pelos rios Itabapoana ao sul servindo de divida entre os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, e pelo rio São Pedro ao norte servindo de divisa entre os distritos de Ponte do Itabapoana – São Pedro do Itabapoana e Ponte do Itabapoana – Dona América. Dentre os córregos se destacam o Trindade divisa com o município de Apiacá, Outeiro, Cascata e Sossego.

Sua economia é voltada para o comercio e agropecuária destacando a produção de gado, cana, milho e café.

Dados gerais:

·         Transportes: ES-297 que liga Ponte a BR-101 e Ponte a Apiacá, ES-177 – rodovia não pavimentada que liga Ponte do Itabapoana e Mimoso do Sul;

·         Economia: Comércio e Agropecuária;

·         Hidrografia: Rios Itabapoana, São Pedro, Córregos Trindade, Sossego, Outeiro e Cascata;

·         População: 1.523 hab.

·         Localização: 48 km ao sul da Sede de Mimoso;

·         Altitude: 88m

·         Área: 92,4 m²

 

Texto: Thiago Costa Santiliano

Dona América

 

            Observando as linhas que perfazem os limites de Dona América, chega-se à conclusão que foi o 1º núcleo histórico do município. A Freguesia da Limeira ou Limeira do ltabapoana pertence a este minúsculo distrito mimosense que durante anos servia de porta de entrada e saída de mercadorias e de imigrantes que muitos se instalaram na região. No período áureo da Freguesia da Limeira do ltabapoana, Dona América era apenas parte do contexto como Fazenda São Domingos. A Fazenda fazia uso das tropas de mulas com meio de transporte de carga até o porto que ali se instalara chamado de Porto da Limeira. Este porto por sua vez foi de extrema importância para a escoação agrícola do Município de São Pedro de Alcântara do Itabapoana e da fazenda Mimozo que mais tarde viera a ser denominada como distrito. Toda a produção era transportada por pequenas embarcações a vapor, que seguiam o Rio Itabapoana abaixo até Barra de São Francisco no Estado do Rio de Janeiro. Desde então com a chegada da linha férrea o Porto da Limeira começa a entrar em decadência perdendo assim sua importância.

            Em 1º de abril de 1895, chega a Estação de Dona América a locomotiva da Cia. E.F. Leopoldina Railway prolongando mais um trecho ferroviário na região. A estação ficou localizada na Fazenda de São Domingos, de propriedade da Senhora Dona América Angélica de Azevedo Lima, que por sinal, recebeu seu nome, de inicio, em homenagem aos relevantes serviços prestados à Companhia (contam os antigos que a senhora Dona América oferecia refeições gratuitas a oitenta ou mais empregados da Cia., diariamente, no período da construção da estrada de ferro).

              A Capela São Domingos foi inaugurada no dia 4 de agosto de 1926 (dia do Padroeiro).  Muito se destacou por este ato de religiosidade o Cel. José Carlos Terra Lima, que além de doar o terreno, custeou todas as despesas da construção. A imagem ao padroeiro foi doada pela senhora Amélia Barbosa Terra Lima.

            O Cel. Jose Carlos Terra Lima instalou na sede do distrito: telégrafo, correio, telefone, luz, água e escola. Com essas melhorias possibilitou no dia 9 de novembro de 1928 a criação do 2º Distrito Judiciário de Dona América, no Município de São Pedro do ltabapoana.

            A sede do distrito sofreu muitas perdas no comércio como transferência do Cartório, corte de telefone e correio. Muitas famílias se evadiram da região devido ao forte crescimento do distrito de Mimoso. Atualmente, Dona América tenta resgatar, através da Associação de Moradores, benefícios e atividades outrora existentes, uma vez que sua sede é rodeada de grandes fazendas com possibilidade de favorecê-lo na economia, trazendo de volta seus momentos memoráveis.

            O distrito se destaca como grande produtor de gado e agrícola do município de Mimoso do Sul. Sua sede é uma pequena vila onde ainda é preservado a antiga Estação de Dona América, grande marco histórico do distrito. Possui uma população estimada de 630 hab. situando a 67 metros acima do mar. Com seus 53 km² de área e com área urbana de 70.956 m². Sua área geográfica estende-se até as margens do Rio ltabapoana, onde está localizada a Cachoeira das Garças (ex Cachoeira do Inferno), nas corredeiras da Limeira, onde atualmente se localiza também a PCH I Pedra do Garrafão.

As comunidades rurais deste distrito são: Pastinho, Vargem Alegre e Dona América.

 Dados gerais:

  • Transportes: ES-297 que liga a Represa PCH I Pedra do Garrafão a BR-101 e vicinais não pavimentadas que ligam Dona América a Mimoso do Sul;
  • Economia: Agropecuária;
  • Hidrografia: Rios Itabapoana, São Pedro, Córregos Independência;
  • População: 630 hab.;
  • Localização: 16 km ao sul da Sede de Mimoso;
  • Altitude: 67m;
  • Área: 53 km².

 

Thiago Costa Santiliano

 

São José das Torres

 

            A sede é uma pequena vila a 40 metros acima do mar. É o distrito com maior topografia plana de Mimoso do Sul. Sua área urbana tem cerca de 107.537 m². A vila fica no sopé da Serradas Torres que são cordilheiras montanhosas com mais de 1000m de altura, tendo em destaque os picos Estrela D’Alva, Peito de Moça, Canduras e o Pico do Farol, cercando um lado dela. O Distrito de São José das Torres, criado em 15 de setembro de 1901 pela Câmara Municipal de São Pedro do ltabapoana, na época, teve como Juiz Distrital o Sr. Félix José da Silva e escrivão do Registro Civil o Sr. Eugênio Moreira Camargo.

         A Capela São José foi inaugurada antes de 1900, sendo os seus principais fundadores os senhores Manoel Correa Camargo, Eugênio Camargo, Félix José da Silva, Domingos de Souza Barbosa, Antônio Rolim Nunes de Azevedo entre outros. Até que em 1937 o Bispo Diocesano nomeou um Conselho da Capela para que se pudesse organizar e reconstruir a igreja, porque os pequenos reparos não resolveriam a situação em que esta se encontrava. Assim foi feita uma nova Capela. Suas terras tanto se prestam para as culturas do café e banana nas montanhas, onde o visitante ainda pode encontrar em ruinas na vila o antigo armazém de beneficiamento de café, onde todo o café cultivado nas regiões altas do distrito eram lavados, ensacados e estocados no grande armazém para serem vendidos e exportados para outros estados. A produção do arroz se mantinha nas planícies e a criação de gado se mantinha nos tabuleiros costeiros.

            É o maior distrito em extensão territorial com 250,8 km². Sua população gira em torde de 2.597 hab. Acompanha de norte a sul (das divisas de Atílio Vivacqua e Presidente Kennedy ao Rio ltabapoana- divisa ES/RJ) tendo a BR 101 no seu traçado rodoviário. Devido a esta rodovia federal, Torres apresenta um grande papel para a economia municipal, pois o distrito concentra a maior parte das indústrias de mármore e granito de Mimoso do Sul devido a sua logística que pretende futuramente atrair novas indústrias e empreendimentos para o município com a duplicação de todo o trecho da BR-101 e com a construção da nova ferrovia que também cortará todo o território distrital de São José das Torres.

            A hidrografia do distrito se destaca através dos rios Preto, Paraiso e do Córrego do Farol, onde este corta a vila de Torres. Ambos nascem na Serra das Torres dois deles e dentre soutos se juntam ao Rio Preto até desaguar no Rio Itabapoana.

             Com o intuído de preservar a biodiversidade riquíssima do distrito fora criado em 2009 o Monumento Natural Estadual Serra das Torres que visa a preservação e conservação dos remanescentes florestais e fauna da região, onde segundo pesquisas realizadas por Universidades Estaduais e Federais, a região de Serra das torres possui a maior biodiversidade do Espírito Santo, contando com muitas espécies ainda desconhecidas pela ciência.

São comunidades rurais: Flores, Santa Rosa, Cachoeira Alta, Santa Cruz, Rancho Alegre e São José das Torres.

 

Dados gerais:

  • Transportes: ES-391 que liga Mimoso ao entroncamento com BR-101, BR-101 até o entroncamento com a rodovia José Alves Toledo no Posto do Caju;
  • Economia: Comércio e Agropecuária;
  • Hidrografia: Rios Itabapoana, Preto e Paraiso, Córregos Flores, Farol, Santa Rosa, Santa Cruz, Penha e Cachoeira Alta;
  • População: 2.597 hab.
  • Localização: 26 km da Sede de Mimoso;
  • Altitude: 40 m
  • Área: 250,8 km²

Thiago Costa Santiliano

 

Santo Antônio do Muqui

 

            Outro distrito da zona montanhosa, Santo Antônio do Muqui, antigo Santo Antônio das Garruchas possui uma área de 55,6 km² e uma população estimada de 1.343 hab. Produtor de café e destacando-se na agropecuária, sua sede é uma pequena vila a 370 metros acima do mar, com ótimo traçado urbano facilitado pela topografia plana e uma área urbana que gira em torno de 130.303 m². Com muitas casas construídas ou reformadas, recentemente, demonstra que seu povo é sentimental e preso às raízes histórica local.

            Retornando ao passado verifica-se que o primeiro posseiro de nossa zona geográfica se estabeleceu na região em 1837, Sr. Francisco José Lopes da Rocha, com sua família tomou posse desde a Fazenda da Barra até Altos de São Bento, assentando sua residência no lugar denominado Santa Cruz, próximo ao ribeirão afluente do Rio Muqui do Sul, desenvolvendo a sua atividade na lavoura, abrindo matas e edificando moradia. Sabe-se que foi um dos posseiros a ter conflitos com os índios, que se sentiram intimidados pela presença de pessoas estranhas aos costumes locais. Nos anos subsequentes a 1850 chegaram outras famílias para fortalecer essa oposição e se dedicar à agricultura.

            Em 27 de fevereiro de 1912, o Sr. Antônio Lopes da Rocha e a esposa, dona Mariana Antônia de Lacerda, fazem doação de um terreno para a formação da localidade do "Patrimônio de Santo Antônio do Muqui”. Conforme escritura - "....   Achavam-se contratados a doar um alqueire de terras em capoeiras, encravada na Fazenda de Santa Cruz, ao imaculado Santo Antônio, para o fim de ser no mesmo terreno, edificada uma Capela com a invocação de “Capella de Santo Antônio” e pertencendo, o dito terreno, ao patrimônio do referido Santo,...”

            A Capela de Santo Antônio do Muqui foi inaugurada entre 1914 e 1915. Em de 11 de janeiro de 1930 fica criado o Distrito de Santo Antônio do Muqui, mantendo os limites da antiga Fazenda Santa Cruz (do São Bento a Fazenda da Barra). Atualmente o distrito mimosense de Santo Antônio tem sua economia voltada para produção cafeeira e gado leiteiro. O distrito também possui a Avenida mais larga do município em linha reta, a AV. Santo Antônio.

Suas Comunidades Rurais são: Parte da Fazenda São Domingos, parte de São José, Maravilha, Pouso Alto, Santa Cruz e Santo Antônio do Muqui.

Dados gerais:

  • Transportes: ES-391 que liga Santo Antônio do Muqui a Mimoso do Sul ao Sul e Conceição do Muqui a norte e rodovia municipal que liga a localidade de Barra a São Pedro do Itabapoana;
  • Economia: Comércio e Agropecuária;
  • Hidrografia: Rio Muqui do Sul, Córregos Santa Cruz, Fundaça, Barra Mansa, Catuné, Lageado e Botica;
  • População: 1.343 hab.
  • Localização: 17,3 km a norte da Sede de Mimoso;
  • Altitude: 370 m
  • Área: 55,6 km²

Thiago Costa Santiliano

 

Conceição do Muqui

 

            O distrito mimosense de Conceição do Muqui compreende a região mais alta do município com o ponto culminante o Pico dos Pontões (1438 m de Altitude). Sua área territorial é de 124,8 km² e sua área urbana possui uma área em torno dos 164.067 m². É grande zona cafeeira responsável pelo cultivo do café arábica devido o seu território está acima dos 600m, sendo suporte na economia municipal. Sua população gira em tornos dos 4. 812 hab. Sendo o segundo distrito mais populoso de Mimoso, ficando atrás apenas do distrito Sede. Em conceição nasce também o mais importante rio do município, o Rio Muqui do Sul formando diversas quedas d’águas e corredeiras até chegar a Sede municipal onde abaixo da cidade de mimoso o Muqui se torna calmo até o seu encontro com o Rio Itabapoana. Novos empreendimentos são previstos apara o distrito como o programa Caminhos do Campo, realizado pelo governo do Estado que prever o asfaltamento da ES-391 e da BR-393, que visam dar mais mobilidade ao transporte do café na região.

            Voltando ao passado, na antiga freguesia de Nossa Senhora da Conceição, uma das prósperas vilas existentes no tempo da criação do município em 1890, os desbravadores se utilizavam do Ribeirão Barra-Alegre e do Rio Muqui do Sul para assentar residências na região montanhosa, de clima temperado e solo propicio à Agricultura.

            Sabe-se que a Igreja Nossa Senhora da Conceição do Muqui foi inaugurada antes de 1868. Prestaram inestimável colaboração os irmãos João, Sabino, Antônio e Manuel Comes da Silveira, doando grande terreno para o patrimônio da igreja. Em torno do mesmo, firmou-se a vila com uma população entorno dos 1.000 hab., ainda no século passado. Na Divisão Administrativa de 1911, Conceição do Muqui, pertencente a São Pedro do ltabapoana, já constava como Distrito.

                Uma nova corrente migratória começa nos anos vinte buscar, nosso município. Sua maioria se identificou com a posição geográfica, o clima, e, incentivados pela cultura do café chegaram a Conceição do Muqui os italianos e seus filhos, que nas décadas de trinta e quarenta, com sorte, proporcionaram aos parentes, os quais estavam em outras regiões (do Espírito Santo: Nova Venécia e São Gabriel da Palha, e do Estado de Minas Gerais) o acolhimento, nas montanhas da ‘Terra Fria”.

                Hoje, constatamos que comunidades inteiras deste distrito são de descendência italiana que perderam muito dos caracteres das outras colônias do Espírito Santo. Isso porque estavam abertos à adaptação local, mas não perderam a fé e a religiosidade cristã, levando a oferecer à pequena Sede do Distrito a 600 metros acima do mar, encostada em uma colina, a nova Igreja que se destaca perante outras, tanto na arquitetura quanto na imponência refletindo essa gente determinada que sabe o que quer.

 

        Suas comunidades rurais são: Areia Branca, Reserva, Barro Branco, Santa Luzia, São Roque, Jacutinga, Palmeirinha, Pontões, Muribeca, Oriente, Estivado, Novo Brasil, São Domingos, Novo Mundo e Conceição do Muqui.

 

Dados gerais:

  • Transportes: ES-391 que liga ao sul Conceição a Santo Antônio do Muqui e a  Mimoso do Sul e a norte Conceição a Alegre, BR-393 ligando a leste Conceição ao município de Muqui e a oeste ao distrito de Bonsucesso em Apiacá;
  • Economia: Comércio e Agricultura do café;
  • Hidrografia: Rio Muqui do Sul, Córregos Muribeca, Pontões, Conceição, Barro Branco e Santa Luzia;
  • População: 4.812 hab.
  • Localização: 27 km a norte da Sede de Mimoso;
  • Altitude: 600 m
  • Área: 124,8 km²

 

Thiago Costa Santiliano

 

São Pedro do Itabapoana

 

                São Pedro do Itabapoana é um bucólico Sítio Histórico tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1987, tendo 44 imóveis tombados, palco do grande Festival de Inverno Sanfona e Viola onde consagrados talentos de todo o Brasil se apresentam no último final de semana de Julho. Sede do Município durante 40 anos 1891 a 1930. Encontra-se a 270 metros acima do mar com clima de montanha e natureza exuberante possuindo o maior conjunto de fazendas do Clico do Café no Espírito Santo com área de 77 km² e uma zona urbana que gira em torno de 225.192 m² de área sua população estima-se entorno dos 1.334 hab.

                    Em 1852, por iniciativa de Manoel Joaquim Pereira, surgiu a povoação de São Pedro. O distrito de São Pedro do Itabapoana deve sua criação ao Decreto Provincial nº 4, de 26 de novembro de 1863. O município, com território desmembrado de Cachoeiro do ltapemirim, foi criado com a denominação de São Pedro do ltabapoana, pela Lei Provincial nº 1, de 29 de julho de 1887.

...Era uma cidade ilustre, plantada numa colina perdida entre montanhas, com um casario colonial e possuía, já no início do século, alguns doutores e dirigentes municipais com uma consciência política tão desenvolvida, que ficaram memoráveis os públicos pronunciamentos de sua Câmara de Intendentes em várias passagens movimentadas da vida política do Estado e do País. Após quarenta anos de sede municipal transferiram-na para a povoação de Mimoso.

                    O sítio histórico de São Pedro do ltabapoana tem 41 imóveis residenciais, os prédios da cadeia, a igreja e o calçamento central em pé-de-moleque, tombados pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC). São ruas estreitas cobertas ainda de pedras, que obedecem servilmente a declividade do terreno. As calçadas também são irregulares e seu casario lembra o tempo do poder econômico do lugarejo que já foi município. Nas fachadas dos casarões de plantas retangulares, as portas mantém a nobreza de suas ombreiras em madeira, algumas com soleira em pedra.

                Hoje, São Pedro do Itabapoana mais se parece com um vilarejo que parou no tempo. Pacata, seus moradores têm aspecto rude, de quem trabalha no campo, com a pele ressecada pelo sol. Os homens guardam a característica de usar chapéus. A simplicidade e rusticidade do local atrai turistas, principalmente os que se interessam pelo rico patrimônio histórico que o lugarejo ostenta e o famoso Festival de Inverno de Sanfona e Viola que atrai milhares de pessoas todos os anos.

                O resgate cultural e intelectual da gentil princesa” São Pedro de Alcântara do Itabapoana. A zona rural deste distrito é rica e produtiva principalmente na pecuária e café. E composta das comunidades Pedra Riscada, Harmonia, Feliz Destino, Independência, São Pedro do Itabapoana.

 

Dados gerais:

  • Transportes: ES-391 que liga Mimoso a localidade de Barra e a Estrada Municipal que liga Barra a sede distrital de São Pedro;
  • Economia: Comércio, Agropecuária e turismo;
  • Hidrografia: Rio São Pedro, Córregos Pedra Riscada, Independência, Jacutinga e
  • População: 1.523 hab.
  • Localização: 48 km ao sul da Sede de Mimoso;
  • Altitude: 88m
  • Área: 92,4 m²

 

Thiago Costa Santiliano

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