Clima

O clima pode ser definido como sendo o comportamento da atmosfera ao longo do ano, é constante, em um ponto qualquer da superfície da Terra. O clima não pode ser confundido com o tempo. Por exemplo: se dizemos que o dia ontem estava quente, estamos nos referindo ao tempo. Mas, se dissermos que na Amazônia o tempo é quente e úmido o ano inteiro, estamos nos referindo ao clima da região. O tempo portanto, é algo passageiro, é como o ar está naquele  momento.

Fatores do clima

Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são:

- Latitude

Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador a incidência de luz solar é menor.

- Altitude

Quanto mais alto estivermos menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.

- Massas de ar

Apresentam características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade, e se deslocam pela superfície terrestre. As massas podem se polares, tropicais ou equatoriais. As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de Câncer. Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas; serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental). As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma forte evaporação das águas. As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do Equador. O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, dá-se o nome de frente. Quando elas se encontram ocorre as chuvas e o tempo muda.

- Continentalidade

A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofre influencia da continentalidade, boa parte deste hemisfério.

- Correntes Marítimas

São massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão. Tem grande influencia no clima. As correntes quentes do Brasil determina muita umidade, pois a ela está associada massas de ar quente e úmida que provocam grande quantidade de chuva.

- Relevo

O relevo pode facilitar ou dificultar as circulações das massas de ar, influindo na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a massa tropical atlântica.

- Vegetação

A vegetação impede a incidência total dos rios solares na superfície. Por isso, com o desmatamento há diminuição de chuvas, visto a umidade diminuir, e há um aumento da temperatura na região.

Elementos do clima

Falaremos sobre dois elementos do clima: umidade e pressão atmosférica.

Umidade

Corresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera.

A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de 4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou se satura de vapor, ocorre as chuvas. Muitas vezes escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é, por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a 60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está chovendo, a umidade relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta de 60%, está em 2,4% de vapor em termos absolutos. Mas para que chova é preciso que a água se condense, ou seja, passe do estado gasoso ao liquido, além de o vapor ter de atingir o ponto de saturação. O ponto de saturação varia de acordo com a temperatura. Uma maior temperatura, maior o ponto de saturação, uma menor temperatura, menor o ponto de saturação. As nuvens são constituídas por de água, ou cristais de gelo. Nuvem é o vapor d’ água condensado.

Pressão atmosférica

Pressão atmosférica é a força causada pelo ar sobre a superfície terrestre. Ela depende da latitude, altitude e temperatura. Quanto maior a altitude, menor a pressão e vice-versa. Quanto menor a latitude, menor a pressão. Nas regiões mais quentes, região equatorial, o ar se dilata ficando leve, por isso tem uma baixa pressão. Próximo aos pólos, o frio contrai o ar, deixando mais denso, tendo uma maior pressão. Vimos então que a temperatura também tem forte influencia na modificação da pressão atmosférica. Isto porque o ar quente é leve, ou seja, sobe e como conseqüência diminui a pressão. E em regiões de baixa temperatura há maior pressão, visto que o ar frio tende a descer. O movimento do ar decorre da diferença de pressão. Ele se movimenta das altas para as área de baixa pressão. Esse movimento do ar chamamos de vento.

Tipos de Climas

Os principais tios são:

Climas polares

São climas de baixa temperatura o ano inteiro, chegando por volta, no máximo 10°. Pois não há concentração de calor, o sol fica sempre baixo no horizonte na época do verão, e no inverno ele nem aparece. Portanto essas regiões polares (próximas aos círculos polares Ártico e Antártico) estão sempre cobertas de neve e gelo. As temperaturas mais baixas foram registradas em Vostok, Antártida, -88°C.

Climas temperados

Os climas temperados são caracterizados por ser possível ver as quatro estações do ano de uma maneira bem clara, sendo possível as atividades humanas durante a maior parte do ano. Dividem-se em:

- marítimo: Sofre influencia  dos oceanos, por isso as temperaturas são constantes.

- continental: apresenta verões mais quentes e invernos mais frios e secos.

Clima mediterrâneo

Apresenta invernos mais brando e chuvosos, verões quentes e secos. As chuvas ocorrem no outono e inverno. Algumas áreas de sua ocorrência são o sul da Califórnia, parte meridional da África do Sul e sul da Austrália.

Clima tropical

É considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, que ocorre as chuvas, e inverno ameno e seco. Este tipo de clima ocorre na maior parte do território brasileiro.

Clima equatorial

Ocorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial. A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de 2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite.

Clima subtropical

Ocorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes.

Clima desértico

Os desertos baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C principalmente no inverno. Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia).

Clima semi-árido

Apresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição, encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas.

Climas no Brasil

No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical.

Equatorial

É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção. Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil. Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C. Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.

Tropical úmido

Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo. No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa. As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno. É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.

Tropical típico ou semi-úmido

Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil. As médias de temperatura variam de 20° a 28°C. Chove por volta de 1500mm por ano. É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.

Semi-árido

Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano. É seco e árido, mas não como o deserto. Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.

Subtropical

Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio. Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano. O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.

Confira o clima predomidante no Município de Mimoso do Sul no link a seguir:geocosta.com.br/historia/geografia/aspectos-naturais/

FONTE: Arlindo Matos de Araújo Júnior / Thiago Costa Santiliano

 

Tipos de nuvens

Quer se pareçam com camadas de cobertura de baunilha branca ou com flocos de algodão-doce, nuvens com formas similares podem se formar em diferentes regiões da atmosfera. Eis um resumo:

Nuvens de alto nível
As nuvens de alto nível portam tipicamente o prefixo “cirro”, e incluem cirros, cirro-cúmulos e cirro-estratos. Estes últimos podem cobrir o céu com uma capa leitosa, mas ainda assim permitir a passagem de alguma luz solar ou lunar. As nuvens cirro-estratos podem ser uma camada tão fina que só se torna possível detectá-las devido ao halo que lançam em torno do sol ou da lua. Os cirro-cúmulos em geral criam padrões semelhantes a bolas de algodão, nos céus. Também podem se posicionar em grupos que geram a impressão de ondas. Os cirros surgem como tiras brancas e delicadas ou como leques que se curvam conforme a direção do vento, o que pode ser útil para determinar os padrões do ar. O nível mais baixo das nuvens elevadas em geral é encontrado a altitudes de entre seis e 12 quilômetros da superfície da Terra [fonte:
Levine - em inglês].


Nuvens de nível médio
As nuvens de nível médio em geral portam o prefixo “alto”, como os alto-cúmulos e alto-estratos. Os alto-cúmulos aparecem ou como mantos de pequenas nuvens redondas ou como bandas paralelas de nuvens. Ainda que semelhantes às nuvens cirro-cúmulos, as alto-cúmulos se formam em altitudes mais baixas e mostram sombreamento em suas superfícies texturizadas. Os alto-estratos em geral consistem de uma camada sólida e espessa de nuvens que não permitem a passagem de luz suficiente para a formação de sombras, na superfície. O nível mais baixo das nuvens de altitude média em geral fica entre dois e seis quilômetros da superfície [fonte:
Levine - em inglês].

Nuvens de baixo nível
As porções inferiores das nuvens mais baixas em geral são encontrados a altitudes de menos de dois quilômetros, e podem incluir cirros, estrato-cúmulos e estratos [fonte:Tarbuck]. Os estratos dão ao céu uma aparência nublada, e podem se assemelhar a nevoeiro. Os cúmulos de bom tempo são fofos e grandes e muitas vezes podem ser vistos nos dias de céu azul. Eles apresentam contornos bem definidos que criam a impressão de diferentes formas. Os estrato-cúmulos são baixos e disformes, em geral apresentando lacunas frequentes que permitem a passagem da luz do sol ou da lua. Elas podem estar presentes sobre áreas extensas, em forma difusa, e se assemelham aos cúmulos comuns, mas com limites menos definidos.
 
Nuvens desenvolvidas verticalmente
Também conhecidas como nuvens de múltiplas camadas, elas incluem os nimbo-estratos (escuros e baixos) e os cúmulos-nimbos (grandes e associados a temporais). Algumas pessoas consideram os nimbo-estratos como nuvens de baixa altitude, mas porque elas podem se estender verticalmente até os limites da média altitude, nós a incluímos nesta categoria.

Thiago Costa Santiliano

Classificação das Nuvens

El NiÑo

            El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

 

La NiÑa

            La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
 
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)

Nuvens e precipitação

Aglomerados de gotículas de água (conhecidos como nuvens de gotículas) e água congelada cristalizada (conhecida como cristais de gelo ou cristais de neve) formam nuvens. Uma nuvem pode conter os dois tipos de aglomerados, dependendo de sua temperatura. Por exemplo, o topo de uma nuvem pode ser mais frio que as regiões inferiores, criando uma mistura de água líquida e congelada.

A gravidade faz com que toda essa água caia em forma de chuva. O tamanho e volume médio de uma nuvem de gotículas é minúsculo mas, se uma nuvem de gotículas consegue atrair água suficiente, a gravidade a torna gota de chuva, e ela cai.

Cúmulonimbos

Cúmulo-nimbos geralmente significam tempestade a caminho


Isso posto, a neve acontece de maneira bem parecida com a chuva. À medida que os cristais de neve se condensam e se aglomeram, flocos de neve são formados. Quando eles atingem peso grande demais para se manterem no céu, caem, aglutinados, como neve. Diferenças nas temperaturas que os cercam influenciam o tipo de floco de neve formado. Às vezes, quando estão caindo, os flocos de neve se misturam com água. Em outros momentos, caem intactos.

Você pode estar perguntando: “Se as gotículas de água e os cristais de neve é que formam nuvens, como é que temos granizo, saraiva e chuva gélida?” A resposta é que quando as gotículas e cristais de gelo atingem massa crítica ao se condensar, podem passar por outros processos:

•    A chuva gélida pode ocorrer em pontos nos quais há colisão entre frentes quentes e frentes frias. Um floco de neve pode cair em ar frio mas depois derreter ao passar por ar mais quente. Enquanto continua a cair, e pouco antes de atingir a superfície, o floco de neve passa por uma camada de ar frio e se super-refrigera. Isso não quer dizer que a porção derretida se torne neve de novo, mas ao fazer contato com um objeto, o floco imediatamente se torna gelo.

•    A saraiva se forma como a chuva gélida, mas os flocos derretidos têm tempo para se recongelar antes de chegar ao chão.

•    O granizo se forma durante tempestades violentas. As correntes fortes de vento ascendente podem chacoalhar os flocos de neve e as gotículas de água até que gotículas de água super-refrigeradas se aglutinem em forma de blocos de gelo. Isso pode acontecer repetidamente, até que o peso dos granizos não permita mais que os fortes ventos da tempestade os mantenham em voo. O que resulta são pedrinhas de gelo que podem atingir tamanho considerável ao cair, causando impacto forte ao atingir objetos como o capô de um carro.

 

Thiago Costa Santiliano

Como se formam os raios?

 

            Para que surjam raios, é necessário que, além das gotas de chuva, as nuvens de tempestade tenham em seu interior três ingredientes: cristais de gelo, água quase congelada e granizo. Tais elementos se formam na faixa entre 2 e 10 quilômetros de altitude, onde a temperatura fica entre 0 ºC e -50 ºC. Com o ar revolto no interior da nuvem, esses elementos são lançados pra lá e pra cá, chocando-se uns contra os outros. Com isso, acabam trocando de carga entre si: alguns vão ficando cada vez mais positivos, e outros, mais negativos. Os mais pesados, como o granizo e as gotas de chuva, tendem a ficar negativos.

            Por causa da gravidade, o granizo e as gotas de chuva se acumulam na parte de baixo, que vai concentrando carga negativa. Mais leves, os cristais de gelo e a água quase congelada são levados por correntes de ar para cima, deixando o topo mais positivo. Começa a se formar um campo elétrico, como se a nuvem fosse uma grande pilha. Essa dupla polaridade da nuvem é reforçada ainda por dois fenômenos físicos externos a ela. Acima, na região da ionosfera, os raios solares interagem com moléculas de ar, formando mais íons negativos. No solo, por outro lado, diversos fatores contribuem para que a superfície fique eletricamente positiva. Essa polarização da nuvem cria um campo elétrico descomunal: se as redes de alta tensão têm cerca de 10 mil W (watts) de potência, no céu nublado a coisa chega a 1 000 GW (gigawatts)! Tamanha tensão começa a ionizar o ar em volta da nuvem - ou seja, ele passa de gás para plasma, o chamado quarto estado da matéria.

            Começa então a se formar um caminho de plasma em direção ao solo. Por ter elétrons livres, o plasma é um bom condutor de eletricidade. Com isso, acaba fazendo a ponte até a superfície para que a tensão da nuvem possa ser descarregada. Enquanto o tronco principal desce rumo ao solo, surgem novos ramos tentando abrir passagem. Quando um tronco principal está próximo do solo, começa a surgir uma massa de plasma na superfície.             Essa massa vai subir até se conectar com o veio que desce e, então, fechar o circuito. É por isso que, se alguém estiver perto de onde o fenômeno está rolando, vai perceber os pelos do corpo se eriçando. Quando o caminho se fecha, rola uma troca de cargas entre a superfície e a nuvem e - zap! - temos o relâmpago! A espetacular faísca é fruto do aquecimento do ar, enquanto o ribombar do trovão vem da rápida expansão da camada de ar.             Desde o surgimento do tronco de plasma até rolar o corisco, se passa apenas cerca de 0,1 segundo.


Thiago Costa Santiliano